Na ABJ, trabalhamos muito com análises do judiciário para políticas públicas.
No entanto, é evidente que a jurimetria também é útil para atividades empresariais e para a advocacia em geral. Na nossa visão, isso pode ser explicado pelo diagrama abaixo.
Hoje em dia, o setor jurídico é um centro de custos da empresa. A empresa faz suas atividades, problemas acontecem e os conflitos se judicializam em processos. O trabalho do setor jurídico se concentra em lidar com esses processos e guardar dinheiro para pagar os casos que provavelmente vai perder.
Esse ato de guardar dinheiro é o famoso provisionamento jurídico, que é obrigatório e regulado pela norma contábil CPC 25. Usualmente, advogados fazem uma análise dos casos ativos da empresa, classificando-os como possível, provável ou remoto. Os processos prováveis vão para provisão, os possíveis para relatórios informativos e os remotos são ignorados.
Ou seja, o papel do setor jurídico é receber problemas e retornar custos. Mas dá para fazer mais do que isso, e o que destrava esse fluxo é a jurimetria.
Os litígios são dados. Tratar esses dados nos permite realizar diagnósticos, que nos ajudam em
- Estratégias para evidar que novos casos se judicializam. Os processos são um reflexo de problemas nos fluxos da empresa, sendo os principais insumos para identificar os fatores que causam a litigiosidade.
- Estratégias para lidar melhor com os processos ativos, identificando teses que funcionam melhor, estratégias de acordo e outras soluções alternativas para resolução de conflitos.
- Otimização da provisão, utilizando modelos estatísticos para complementar as análises subjetivas de profissionais do direito.
Com isso, o setor jurídico é transformado de um centro de custos para um centro de diagnóstico.
E você, como vê a aplicação da jurimetria nas empresas? Pode colocar nos comentários